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21 de dezembro de 2003

O MELHOR AMIGO DO HOMEM

Não há muito tempo, o meu irmão perguntou-me porque é, que sempre que eu saía de casa dos meus pais, parecia ter um ar acabrunhado, com os olhos no chão. Respondi-lhe prosaicamente que era para não pisar as prendinhas que os cãezinhos da vizinhança, superiormente educados, deixavam nas ruas do bairro das Colónias. E, de facto, talvez não haja mais lacónico sinal da educação dos portugueses do que a insistência em levar os cães a conspurcar aquilo que deveria ser de usufruto público - e a teimosia em deixar as coisas como estão. Quem não tem cão manda vir por os cãezinhos dos outros sujarem a rua, mas quando passa a ter cão faz exactamente o mesmo que antes condenava. Enquanto isso Pedro Santana Lopes gasta fortunas a dizer o que é que anda a fazer por Lisboa, embora eu francamente não tenha dado por isso (a não ser no trânsito na zona das Amoreiras, que piorou significativamente).

É por essas e por outras que eu continuo a preferir, de longe, os gatos.

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